Minha
experiência com a leitura
Lembro-me, quando criança, da minha avó
Josefa contando histórias no quintal da casa de minha mãe. Aquilo me fascinava!
Eu e meus irmãos ficávamos em silêncio ouvindo aquelas “histórias de trancoso”.
No final, muitos risos e gargalhadas. Ela sempre terminava as histórias assim:
“entrou por uma perna de pinto e saiu por uma perna de pato, mandou o meu
senhor rei que contasse outra história”.
Recordo que fui à escola aos 7 anos. No
primeiro dia de aula, chorei tanto que minha mãe me trouxe de volta para casa.
Mas a minha professora Lindinalva, da 1ª série, me cativou pela sua ternura e paciência
com a turma. As histórias que ela lia foram abrindo a minha mente para o mundo
mágico da leitura. Ela colocava a turma em círculo e fazia uma “roda de
leitura”. Guardo na minha memória a turma do "Sitio do Pica-Pau
Amarelo", de Monteiro Lobato, "O Pequeno Príncipe", de Saint
Exupérry, e "O Menino Maluquinho", de Ziraldo. Essas obras marcaram a minha vida de estudante. Para mim, a leitura
possibilita momentos de prazer e de aprendizado. E isso eu tento passar aos
meus alunos.
Hoje,
eu fico colecionando obras que saíram em filmes para utilizar na sala de aula
com meus alunos. Mostro a eles que, além de assistirem ao filme, precisam também ler as obras. Afinal, o filme
seria pequeno demais para contar toda a história que a leitura nos proporciona.
Nos livros, temos a obra original, sem nenhum corte, adaptação ou censura. Já
os filmes, há diversos fatos e personagens que acabam sendo omitidos em
adaptações.
Na
universidade, fui apresentado às obras de Graciliano Ramos e fiquei fascinado com
a narrativa de “Vidas Secas”. A leitura me levou a um trabalho de conclusão de
curso. Depois, na especialização, a obra “Os velhos marinheiros ou O
capitão-de-longo-curso”, de Jorge Amado, me cativou. Contada em tom de histórias de marinheiro, a narrativa aborda o
mundo aventuroso dos marinheiros, em que não se distinguem verdade e fantasia,
sonho e realidade.
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