sábado, 30 de novembro de 2019


Minha experiência com a leitura

        Lembro-me, quando criança, da minha avó Josefa contando histórias no quintal da casa de minha mãe. Aquilo me fascinava! Eu e meus irmãos ficávamos em silêncio ouvindo aquelas “histórias de trancoso”. No final, muitos risos e gargalhadas. Ela sempre terminava as histórias assim: “entrou por uma perna de pinto e saiu por uma perna de pato, mandou o meu senhor rei que contasse outra história”.
        Recordo que fui à escola aos 7 anos. No primeiro dia de aula, chorei tanto que minha mãe me trouxe de volta para casa. Mas a minha professora Lindinalva, da 1ª série, me cativou pela sua ternura e paciência com a turma. As histórias que ela lia foram abrindo a minha mente para o mundo mágico da leitura. Ela colocava a turma em círculo e fazia uma “roda de leitura”. Guardo na minha memória a turma do "Sitio do Pica-Pau Amarelo", de Monteiro Lobato, "O Pequeno Príncipe", de Saint Exupérry, e "O Menino Maluquinho", de Ziraldo. Essas obras marcaram  a minha vida de estudante. Para mim, a leitura possibilita momentos de prazer e de aprendizado. E isso eu tento passar aos meus alunos.
        Hoje, eu fico colecionando obras que saíram em filmes para utilizar na sala de aula com meus alunos. Mostro a eles que, além de assistirem ao filme,  precisam também ler as obras. Afinal, o filme seria pequeno demais para contar toda a história que a leitura nos proporciona. Nos livros, temos a obra original, sem nenhum corte, adaptação ou censura. Já os filmes, há diversos fatos e personagens que acabam sendo omitidos em adaptações.
       Na universidade, fui apresentado às obras de Graciliano Ramos e fiquei fascinado com a narrativa de “Vidas Secas”. A leitura me levou a um trabalho de conclusão de curso. Depois, na especialização, a obra “Os velhos marinheiros ou O capitão-de-longo-curso”, de Jorge Amado, me cativou. Contada em tom de histórias de marinheiro, a narrativa aborda o mundo aventuroso dos marinheiros, em que não se distinguem verdade e fantasia, sonho e realidade.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Bienal do Livro



Alunos da Escola Estadual Onélia Campelo na 9ª edição da Bienal  do Livro de Alagoas, turmas C e D, turno vespertino. Uma tarde em contato com o mundo dos livros e também com várias outras opções de cultura e lazer, evento realizado no bairro de Jaraguá.







Pibid/Letras da Ufal lança jornal digital com alunos da Onélia Campelo

Texto:  Ricardo Pereira


          Com esta publicação, pretendemos levar ao conhecimento da população os resultados obtidos do Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência – Pibid/Ufal - Subprojeto Letras/Português, nesses dois anos na Escola Estadual Onélia Campelo, no Santos Dumont, nas turmas de 7º, 8º e 9º anos, turnos matutino e vespertino. O programa proporcionou momentos de integração, estudos, reflexões e discussões sobre o letramento na escola e narrativa transmídia Além disso, no âmbito escolar, foi produzido um jornal digital que será lançado a partir de fevereiro de 2020.
          Inicialmente, formos levados a conhecer a realidade local. Foi feito um diagnóstico etnográfico da escola, detectando os problemas que interferem no processo ensino-aprendizagem, e elaboração de estratégias, metas e ações para superar os desafios encontrados. Dentre as principais questões do diagnóstico, ressaltamos: superlotação das salas de aula, violência (dentro e fora da sala), bullyng, poucos recursos tecnológicos, ausência dos pais no acompanhamento dos alunos e na vida da escola, entre outras.
          Com o objetivo de aproximar os estudantes da literatura (via livros ou produtos transmidiatizados), os bolsistas do Pibid desenvolveram relatos de experiência sobre a leitura. A ideia era incentivar a leitura como recurso pedagógico e despertar os alunos para o ato de ler e produzir textos, valorizando a cultura deles e fortalecendo a autoestima como ponto de partida ao letramento. O desafio maior era desconstruir mitos do tipo: “eles não gostam de ler, eles não gostam de escrever”, despertando entre os estudantes o lado lúdico da leitura, mostrando que o hábito de ler pode ser adquirido de forma prazerosa.
          Como a nossa biblioteca está limitada a livros didáticos, o desafio foi adquirir os títulos escolhidos pelos alunos para se trabalhar o projeto de leitura em sala de aula. Pensando nisso, os coordenadores do Pibid disponibilizaram aos alunos o QR Code. Esse recurso facilitou o acesso aos livros. Era só ter à mão um smartphone, capturar a imagem do código através do celular, e ter acesso aos textos das obras selecionadas. Para isso, foram disponibilizadas instruções sobre como usar esse código.    
         A culminância do nosso projeto acontece com a produção do jornal digital “Santos Dumont: nossa escola, nossa história, nossa vida”, cuja edição traz várias produções dos nossos alunos: tirinhas, crônicas e notícias sobre a escola e o bairro. A atividade contribuiu na interação dos estudantes com os problemas da realidade escolar e da comunidade local. Muitos alunos  que não se envolviam antes com as tarefas de sala de aula foram motivados a produzir textos e a trabalhar em equipe. 
         Por outro lado, como professor, o Pibid me proporcionou inovar a minha prática pedagógica, dando enfoque à multimídia. Nas minhas aulas, se fez necessário uma mudança de postura, fazer diferente, ousar. É de suma importância acreditar na educação e na importância dos professores como sujeitos capazes de formar leitores comprometidos com a sociedade. Afinal, a missão do professor é regada de fé, de abnegação, mas acima de tudo de muita responsabilidade social. 
         Enfim, deixo um forte abraço aos companheiros(as) pibidianos(as), estudantes da Onélia Campelo, professores coordenadores e supervisores do Pibid de Letras/Ufal.  Chegamos ao final de 2019 com muito a comemorar:  o sucesso  de um projeto exercido pela ativa participação de todos os envolvidos. Acreditamos em um 2020 ainda mais promissor. Faremos muito mais juntos. Obrigado a todos e um ano novo feliz, cheio de realizações pessoais e profissionais.


O papel da família numa ação conjunta com a escola Professor Ricardo Pereira         A participação da família no ambiente escolar e...